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Sobre os textos e as fotos

As imagens que estão nesse blog, são fotos que faço. São momentos que registro e divido com vocês.
Assim como os textos, que são escritos por mim com a singela intenção de falar aos seus corações e trazer um pouco de alegria para nossas vidas.







segunda-feira, 11 de outubro de 2010


Tenho estado com uma música em minha mente, de tal forma associada que escuto a todo instante que posso. 'Ojala Pudiera Borrarte" - Maná. É de uma beleza absurda sua melodia... (Estou utilizando uma expressão do Kleiton Ramil... )
Mas tenho repetido a parte que pergunta: "Cómo puedo yo borrar tus besos vida, están tatuados em mi piel" . Não sei de fato como isso acontece... Alguns beijos ficam pra sempre. Algumas pessoas ficam e isso basta para se mostrar o que define as nossas escolhas. De uma forma que não consigo explicar fazemos escolhas que só bioquimicamente se resolve... Rsrsrs... De fato, mas não de direito...

domingo, 15 de agosto de 2010


Estive ausente, estive em provas... Foi pesado, foi puxado... Mas passou. Bem, passou por enquanto, pois daqui a pouco recomeça tudo e é sempre assim, porque assim é bom, porque assim me sinto sempre vencendo os obstáculos e me superando.
Então, vou seguindo o conselho dos poetas... " Enquanto espero, vou vivendo"(Zélia Duncan). Aliás, ando mais musical esses dias. Estou de volta "musicando" as coisas e as imagens... Descobri que gosto de verbalizar o que sinto e isso me faz um enorme bem. Afinal, "Se as vezes a vida só chuvisca e só garoa... Do lado de cá tem música, amigos e alguém para amar..." (Chimarruts) E é assim mesmo.
O mundo tem horas que dá um espaço de tempo diferente e o segundo é diferente do tempo real, ou o tempo real não é real. Penso que sou mais relativa que real, mas absolutamente intensa com o que quero e quero sempre olhar por dentro das pessoas e não ver a casca social que somos impostos a carregar. É divertido olhar bem dentro dos olhos de todo mundo e ver o quanto vazias ou cheias estão as pessoas. É de fato bem divertido.
Nem me preocupo se estou sendo inconveniente... Posso contar nos dedos quem percebe.
Sinto que o balanço do tempo as vezes tem ritmos estranhos, mas muito agradáveis. Como um 'reggae'que não te deixa ficar parado.
Fico ao som do Chimarruts, quem quiser pode me acompanhar...


sábado, 26 de junho de 2010

Mensageiros de Deus




Eu acho que sou uma pessoa complexa. Cheia de camadas psíquicas e atitudes as vezes contrastantes. Ou seja, sou uma pessoa igual a todas as outras. Mas se pudesse me definir, diria que sou pragmática.
No entanto, espiritualmente falando, não gosto de andar sozinha. Gosto de orar e tenho experiências incríveis em minha vida. Momentos em minha vida em que coisas maravilhosas acontecem depois de uma breve prece e de um pedido a Deus na forma mais simples e direta. Aliás, não sou muito eloqüente em minhas orações. Admiro aquelas pessoas que sabem falar bonito com Deus. Eu confesso que não sei. Pra ser sincera, é muito comum me ver pensando em coisas totalmente aleatórias no momento da oração. Aí eu tenho de voltar à concentração e falo: 'Ai meu Deus, eu me distraí, de novo'.
Sabe, sou muito direta no meu dia a dia com as pessoas e sempre digo (pra Deus) que eu vou ser direta com Ele também, porque pelo "princípio da onisciência", (dEle) Ele me conhece totalmente e não há motivos pra eu tentar ser a “boazinha” na hora que eu preciso falar com Ele.
Esta semana, eu vivi um dos momentos que eu costumo chamar de “Momento em que eu presto a atenção”. São aqueles momentos, no meio de tantos outros em que eu presto a atenção em algo que me acontece. E falo isso, porque sei, de verdade, que Deus age o tempo todo em nossas vidas, nós é que não prestamos a atenção.
Eu estava indo pra faculdade pela primeira vez esta semana de ônibus, pois estou me recuperando de uma entorse no tornozelo. Então, o quadro já se desenhava em minha mente: ‘Como eu farei pra atravessar a rua quando eu saltar do ônibus, visto que no local o trânsito é intenso e o sinal só fica no piscante?’ Eu não podia correr. Bem , pensei, Vai ser o que Deus quiser.
Desci do ônibus, e voltei um pouco, achando que antes do sinal seria mais fácil. Ledo engano. Não consegui. Olhava pra um lado e outro e quando parecia que ia dar para atravessar, nada. Lá vinha um carro correndo e eu não podia correr, então ficava esperando.
Decidi que iria para o local que tem uma faixa e onde fica o sinal (piscando). Este local é na descida de um viaduto de duas pistas e de mão dupla. Ou seja, esperei mais um bom tempo. Então, me lembrei de orar. Pensei: ‘Senhor me ajuda atravessar, manda alguém pra me ajudar aqui’ Só acabei de pensar isso quando ouvi uma voz que dizia: “Me ajuda pra o carro não me pegar” Quando eu olhei, não sei da onde veio, mas havia um rapaz visivelmente com dificuldades motoras e mentais e que grudou em mim. Eu olhei e entendi na hora, era a resposta da minha oração.
Deus manda mensageiros pra nos ajudar e nós as vezes não percebemos. Eu, naquele momento, ainda bem, percebi. Pois na hora em que o rapaz apareceu, o ônibus parou e um outro carro na direção oposta também parou e nós pudemos atravessar. Eu com o meu pé torcido e ele com suas limitações. Juntos nós fomos vistos. E isso me chamou a tenção pra uma coisa. É muito comum a gente querer estar ao lado de alguém que a gente julga muito importante. É muito comum ter interesse quando sabemos que fulano é alguém de destaque na sociedade, como se isso fosse nos dar visibilidade. Que bobagem! Eu tive a prova contrária de que isso é a mais tola de todas as vaidades. Só fui vista e pude atravessar com segurança, porque aquele rapaz tão frágil, com dificuldades motoras e mentais, ficou ao meu lado. Desta forma, eu pude entender que quando Deus coloca alguém do nosso lado, vai ser o que realmente vai funcionar e será o que precisamos naquele momento, independentemente da aparência que essa pessoa tenha. Como somos estúpidos e pretensiosos escolhendo essa ou aquela pessoa pelo seu modo de vestir ou sua posição social... Que tolice!
Eu só precisava atravessar e consegui. E olha que sinceramente, eu não sei da onde aquele rapaz saiu, pois eu já estava tentando atravessar fazia uns dez minutos e não estava conseguindo. De repente...
Outra coisa que me chamou a atenção foi que mesmo quando estamos numa situação em que precisamos de ajuda, podemos ajudar. Isso foi muito bacana também. Porque apesar de estar precisando muito e ter pedido a Deus que me ajudasse, a ajuda que eu precisava veio em forma de caridade. Ou seja, eu recebi ajuda e ajudei também. Nossa, foi muito legal!
Então, resolvi dividir com vocês. Pode ser uma bobagem pra alguém ou até misticismo na visão de qualquer pessoa. Eu prefiro achar que cada vez que eu peço a Deus alguma coisa, mesmo uma coisa tão simples com atravessar a rua, Ele está ali pra me ajudar.
Obrigado Senhor

domingo, 20 de junho de 2010

Lembranças


Na Fazenda...

Eu não conheci meu bisavô, Bentola. Conheci apenas minha bisavó, Isaura. Era mãe da minha avó materna e todo ano nós íamos visitá-la em Conceição de Macabu para comemorar o seu aniversário. Eu estava acostumada com minha avó e saber que ela ainda tinha mãe viva era muito legal. Todo ano era mesma coisa. Íamos pra Macaé, visitávamos uma tia, irmã da minha avó e depois seguíamos para Conceição de Macabu. Lá nós ficávamos às vezes uma semana. Um pouco na casa de outra tia, que minha avó chamava de ‘comadre’ e na casa onde morava minha bisavó.
Ela era uma pessoa bem pequenininha. Sempre de cabelos presos, num coque e parecia demais com a minha avó, só que numa versão mais velha. Ela não reconhecia a gente logo que chegávamos. Minha avó tomava a bênção e ela ficava olhando e sempre fazia a mesma pergunta: Você é Felícia do Beija? Pronto, era a senha para ser reconhecida. Mas deixa-me esclarecer. Meu avô se chamava Benjamim, mas todos o chamavam de Seu Beija. Então, quando aquela pergunta era feita, a memória dela se manifestava e a gente já podia se sentir em família novamente.
Eu lembro que minha bisavó passava todo tempo sentada fazendo crochê. Fazia pecinhas que ela dava para as filhas e netas. Eram centros de mesas, conjuntinhos para colocar em cima dos móveis e muitos bicos de bule... Sim, isso mesmo. Ela fazia muitos biquinhos de bule e chaleira. Acho que é por causa disso que até hoje eu tenho fascinação por estes objetos. Parece que a casa da gente fica com mais aconchegante quando tem um bule ou uma chaleira na cozinha. Muitos podem dizer que isso é coisa de gente antiga ou que eu não acompanho a modernidade, que nada! Eu gosto de tecnologia, mas tenho especial apreço por coisas antigas. Minha irmã diz que meus muitos bibelôs são a prova disso.
Um dia, na festa de aniversário, que tinha sempre o mesmo modelo de bolo. Alguém cogitou se a idade dela não estava errada, pois sempre em cima do bolo em forma de tronco de árvore havia duas velas de 92 anos. Então, alguém correu pra verificar na certidão de nascimento qual seria a idade certa e pasmem... Ela já estava com 98.
Mas como eu disse no início, eu não conheci meu bisavô. Apenas ouvia as histórias que todos contavam. Todos diziam que ele era uma pessoa muito dócil e sempre preocupada com todo mundo. Muito carinhoso com os filhos e netos e fazia remédios com princípios homeopáticos e naturais para as pessoas que estavam sempre procurando por ele para resolver probleminhas de saúde. Até hoje, minha mãe guarda um livro bem antigo: O médico da família. Minha mãe e meu tio cresceram na fazenda dele, e eu tinha enorme curiosidade para conhecer a tão falada ‘Fazenda do Araújo’.
Outro dia, nós fomos lá. Foi lindo. Andar por aqueles pastos que tanta gente da minha família já tinha corrido e tantas histórias tinham se passado. Lá tem um morro enorme, com uma pedreira muito linda, muito alta mesmo. Lá de cima a gente vê como é grande a fazenda. Outro lugar que eu fiquei estasiada foi o bambuzal. Gente, como eu gosto de bambuzal! Pra todo lado que nós andávamos, minha mãe dizia: “Eu brincava aqui, eu brincava acolá”.E eu pensei que as crianças de antigamente eram criadas por Deus, porque não existe faculdade factível de se tomar conta de duas crianças, ela e meu tio, num lugar tão grande...
A casa da fazenda não era uma casa não muito grande, mas era alta, feita acima do chão e a gente podia andar por baixo dela em pé. Muito legal mesmo.
Eu percebi que para minha mãe e o meu tio, aquele momento foi muito importante porque eles se reencontraram. Pra mim, foi maravilhoso ver de perto lugares que eu sempre tinha ouvido falar e que daquele momento em diante tomaram forma, mas o que eu achei mais legal, foi poder ter levado meu filho pra que ele pudesse ter a experiência de valorizar o que é ter uma família e isso é sem palavras.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Pão com Alecrim

Tenho andado tão ligada nos meus textos para as provas e são tantos trabalhos para entregar, que já faz um certo tempo que não coloco nada aqui. Mas hoje fiquei inspirada com uma coisa que me aconteceu e resolvi dividir com vocês.
Pela manhã, quando fui tomar café ( pela segunda vez) reparei que o pão estava com um gosto diferente... Era um gosto de ervas, de mato, de lembranças... Então, tive a curiosidade de observar o pãozinho que eu tinha em mãos. Parecia um pão comum, uma baguetinha, dessas compradas em supermercado e eu havia passado manteiga e colocado uma fatia de queijo minas. No primeiro momento eu pensei que fosse um gosto vindo do queijo, mas olhei e não vi nada diferente no queijo e nem na manteiga, de forma que a alternativa era o pão.
Percebi que havia umas ervinhas secas por fora do pão e, senti o aroma que vinha da erva, era alecrim. Nesse instante, um portal se abriu a minha frente e eu pude me ver bem criança arrancando galhinhos de um pé de alecrim que nós tínhamos no sítio que morávamos... Foi mágico!
Como eu gostava daquele pé de alecrim! E fazia tanto tempo que eu não lembrava dele... Hoje eu tive a satisfação de ter esse resgate e já que estava diante de mim e do meu querido pé de alecrim eu pude recordar das coisas que eu fazia quando só tinha como brincadeira andar por entre as árvores, subir nos pés de goiabas e até dormir em cima de um pé de manga que cresceu com os galhos tão comodamente abertos que me permitiam tal façanha.
Era comum eu acordar e descer para andar simplesmente por entre as plantas. Eu tomava café com todas as guloseimas que minha avó preparava e saía para averiguar quais frutas tinham amadurecido, ou então, para ver se descobria por entre as muitas pedrinhas do chão alguma que fosse parte de um tesouro que eu queria encontrar.
Não era raro, nessas minhas buscas, eu adormecer embaixo do pé de amora ou lá em cima, onde havia uma plantação de abacaxis. Engraçado que eu sempre me lembrava daquele versinho “ Lá em cima daquele morro..." E eu ria sozinha... Achava engraçado o fato de meu avô ter plantado abacaxis. Quando os abacaxis começavam a nascer era tão bonito... E quando ficavam maduros o aroma das frutas se espalhava pelo ar.
Eu sempre tive essa mania de andar sozinha. Mania de ficar pensando. Não ligava se fazia sol, se chovia. Pra mim, cada dia tinha um motivo. Se fizesse sol era bom, pois assim eu podia sair e descobrir as coisas no quintal. Se chovesse eu ficava em casa e olhava a chuva pela janela, sempre ouvindo que as plantas estavam felizes e iam crescer mais rápido.
Eu não tinha medo. Éramos eu, minha avó e meu avô. Somente nos finais de semana eu via as pessoas que vinham nos visitar ou vinham para o culto de domingo. Depois, de tardezinha, todos iam embora e a gente ficava lá do portão olhando todo mundo sumir na estrada.
Tem gente que não gosta de roça. Eu gosto. Tem um silêncio que incomoda as pessoas, eu sei. Mas eu não tinha muita necessidade de agitação. Minha mente brincava sempre com tudo e eu conhecia cada planta, cada pedra, cada caminho daquele lugar.
Então hoje, quando o alecrim chegou perto de mim, eu o reconheci logo. Afinal eu posso vê-lo com seus ramos cheirosos, bem quietos, embaixo daquele barranco que dava acesso aos fundos da Igreja e a pista que usávamos pra escorregar.
À noite, o cheiro de mato aumentava, mas o do alecrim se destacava. Talvez porque eu gostasse tanto de arrancar um raminho e ficar observando aqueles finíssimos pontinhos, suas folhas, que o cheiro grudou em mim.
Não sei se ele existe ainda. Tive notícias que muita coisa mudou lá no sítio, depois que foi vendido. Mas gostaria de saber quais plantas daquelas que habitam meu mundo interior ainda existem por lá.
Pensando bem, não sei se isso é necessário, pois dentro de mim, com certeza, elas estão todas do mesmo jeito.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Urca Beach

Tem uma matéria sobre a Banda Urca Beach no blog: Sintonize sua VIDA. http://sintonizesuavida.blogspot.com/
Tá muito legal e aproveito para agradecer a força que o Afonso júnior deu pra gente publicando a matéria que a Mariângela, nossa querida, escreveu.
Muito obrigada novamente deem uma olhada lá no blog, a nossa matéria é apenas uma entre tantas outras maravilhosas que o blog tem. Aliás o blog é um bálsamo para nossos corações em dias tão turbulentos. Beijos

segunda-feira, 12 de abril de 2010

O Tempo

Outro dia coloquei aqui uma postagem sobre os dias de chuva e sobre a admiração que tenho de dias assim. Porém, não posso me furtar de colocar novo comentário frente a situação em que todos nós, de alguma forma, enfrentamos nesses últimos dias, quando todo o Estado do Rio de janeiro sofreu com as circunstânicas advindas de horas e horas de chuva.
Quando enalteci a beleza do Rio em dias de chuva não estava, obviamente, falando de dias como os que vivemos na semana passada. Eu me referia a dias normais em que a natureza se mostra amena e nós entramos em seu ritmo doce e belo.
O que se abateu sobre o Rio foi algo que eu apenas havia ouvido de pessoas mais velhas e que vivenciaram a enchente de 1966, e que garanto, nunca traziam esta lembrança de maneira agradável. Era uma tristeza vencida e nós, tivessemos vivido ou não a experiência, não queríamos ver repetida.
A volta de algo tão desastroso e que roubou a alegria habitual do carioca, pode ser contabilizada por tantos números que os caminhos a serem trilhados nesta luta cansa antes mesmo de ser iniciada.
Quero poder pensar que isso vai passar e que daqui ha quarenta anos a vida vai ser diferente e melhor. Acho que me fiz entender.

sábado, 10 de abril de 2010

Banda Urca Beach

Oi, gente!
Sou integrante da Banda Urca Beach e não é coincidêcia... Sempre convivi com a música e depois que vim morar na Urca, a banda ganhou esse nome.
Bem, quem quiser mais detalhes da banda, seu trabalho e suas músicas, basta entrar no blog: http://urcabeach.blogspot.com/ e vai ter oportunidade de conhecer um pouco da nossa história.
Vamos tocar na Lapa no dia 14/05 - e vamos mostrar a cara do novo trabalho que está sendo gravado, junto, é claro, de grandes clássicos da melhor música.
O som do Urca Beach é um som leve, como não poderia deixar de ser, pra uma banda que tinha de ensaiar respeitando o famoso silêncio que a Urca impõe... rsrs
Mas, mesmo com leveza, é um som marcante e com seus violões de aço, nylon, de 12 cordas e em algumas músicas a guitarra marcante do Wagner, vamos levar o som que o Urca Beach sabe fazer, uma boa música e que tem letras que nos falam de beleza e alegria.
bjus pra todos.

quarta-feira, 31 de março de 2010

Mãe, codinome GPS.

Sempre me pergunto por que os filhos homens e os maridos não encontram absolutamente nada.
Por que, a cada dificuldade para encontrar um objeto, dentro de casa, ouvimos sempre um chamado.
E não adianta você indicar minuciosamente o local, não. Mesmo que você diga:
- Está na terceira prateleira da estante da sala, em cima de uma lata vermelha e ao lado de um gato de porcelana azul.
Não, eles não encontrarão.
Jamais encontrarão.
Por isso, acho realmente que os GPS foram inspirados em nós, mulheres da casa.
Se você disser para outra mulher que um determinado objeto está em tal lugar, basta, ela vai encontrar, mas ELES...
Definitivamente, os homens não vem ao mundo com esse dispositivo de busca!
E a ajuda que devemos dar não é apenas uma ajuda de indicar, de criar um mapa. (Homens não entendem mapas) Eles precisam de nossa presença, e em alguns casos, a simples iniciativa de nos levantarmos para ir até eles já é o suficiente para que eles encontrem o que procuram.
Já pude presenciar filho e marido EM FRENTE ao que querem e simplesmente continuar gritando para receberem ajuda.
Como isso é possível???
Como isso não atrapalha quando estão ao volante?
Ah! Mas espera aí!
Eles tem GPS no carro, pelo menos alguns tem. Será uma forma de nos homenagear?
Ou será uma tentativa frenética de nos tornar presentes até mesmo dentro do ambiente mais apaixonante para os homens, seu carro?
Será que antes do advento do navegador eles gritavam pelas estradas?
Será que nos chamavam a cada esquina repetida que passavam?
Eles jamais confessarão...

quinta-feira, 18 de março de 2010

Mude a perspectiva!


Assim com os objetos são vistos grandes, quando estamos perto e aos nos afastarmos eles diminuem, mudam de tamanho, assim são os problemas. Quando visto de perto, eles são enormes, mas se conseguirmos mudar a perspectiva, eles diminuirão. Como um avião no céu, que por estar longe, lá no alto, é visto por nós bem pequenino, mesmo que saibamos que de perto é gigante, capaz de carregar centenas de pessoas.Então o segredo é esse, mudar a perspectiva. Mantenha-se a uma distância segura e saudável dos seus problemas, para que assim, de longe, quando eles se mostrarem menores, você possa controlar suas emoções e não ser engolido por eles, simplesmente por causa da proximidade. Tudo é questão de ponto de vista. Perspectiva.
Essa mudança de perspectiva é de fato necessária, pois do contrário, a "onda" chamada problema, te dá um "caldo", te derruba e você pode não ter fôlego pra vir à tona e cada vez mais criar mais problemas. Numa situção dessas, o desespero toma conta e o ser humano não tem muito controle sobre seu corpo diante de momentos assim.
A emoção pode ser uma grande aliada porque tem condição de nos mostrar se estamos certos ou errados, mas ninguém consegue ter discernimento quando está angustiado, sufocado, triste... Nessas horas, as emoções só nos confundem mais. Por isso é que o afastamento é necessário. Desligar-se. Não estou falando de fuga, não! De forma alguma. Estou falando de uma decisão consciente de ter outra perspectiva para daí se equilibrar e restaurar as verdadeiras emoções e então, conseguir uma solução eficaz.
Tome a decisão de equilibrar-se. Respire e mude a sua perspectiva.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Dias de Chuva.

Ao contrário da maioria dos cariocas, eu amo dia de chuva, nublado ou até mesmo aqueles dias "londrinos", acinzentados e que na Urca ficam maravilhosos.
Eu gosto de sair nos dias de frio, não fico em casa.
Gosto de sentir o vento frio que entra pela Baía - abençoada - da Guanabara e parece alcançar o fundo das nossas almas.
Tenho uma amiga que diz que quando ela acorda e o dia está assim tão cinza, ela entra em depressão.
Ai... eu não. Eu gosto de ver o mar misturado com a atmosfera cinza e gelada.
As ruas ficam molhadas, as plantas agradecem, até mesmo a água do mar que fica incrivelmente quente parece ficar mais limpa.
Então é legal colocar um monte de roupas quentes e calçar uma bota e sair pisando em poças, vendo a chuva lavar todas as calçadas e um pouco dos problemas de todo mundo.
Quando vem aquele vento característico de fim de verão, e eu sinto o outono chegando, já me bate um certo contentamento, porque sei que os dias vão começar a ficar lindos, mesmo que a maioria dos cariocas insista em dizer que o Rio de Janeiro combina com praia e sol.
Mas dia de frio e chuva é pra se curtir, sair e aproveitar bem, porque quando a gente volta pra casa e toma um chocolate bem quentinho, a gente dá mais valor a ter um teto e poder abraçar um amigo e sentir o calor que só os amigos tem.
Que venha o inverno!

terça-feira, 9 de março de 2010

Dia da Mulher - Todo dia!

Tenho várias teses, vários pensamentos
Todos contrastantes, contundentes
Sou muitas e sou uma só.

Sou difícil, sou fácil
Arrogante e complacente
A que sorri, que ofende
Maltrato, sou socorro...
Sou assim, de todo jeito

Ser só constante pra mim
Parece como estar constantemente só.

Assim tenho a companhia dessas outras, me abrigo
No meu eu, com meu ego
E até com meu alter-ego

Sigo, fico, volto, vou.
Espero, anseio, sacio...
Leve, tensa, forte.
Basta que eu não me entenda,
Mas com certeza, me goste.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Momento Cultural no 107

Novamente no meu ônibus...
O que é cultura?
Essa é uma discussão vasta e já pude experimentá-la algumas vezes, porém vou destacar duas.
A primeira surgiu com um encontro solene entre "intelectuais", políticos e artistas ilustres ( isso existe?) Bem... A questão era: um debate sobre o que é cultura. Um daqueles momentos "fashions", "cult", uma "távola redonda" (pretensa) sobre o tema.
Pra resumir, o encontro tinha o seguinte tema:Por que as festas juninas acontecem em julho, agosto e até setembro?
Após os 30 segundos de pane mental... descubro que o "encontro cultural" era um encontro para apresentação de um candidato a um determinado cargo... ( no words)
O segundo momento, esse sim, valeu a pena.
Estou voltando pra casa e pego meu ônibus- tema. Sentada, começo a observar uma discussão que se inicia.
O trocador indaga a uma passageira sobre a leitura de um livro e daí em diante tenho toda a atenção focada no que se passa.
- A senhora vai ler esse livro todo?
Pronto, pensei, não bastasse a pessoa não ler, ainda se intromete na vida alheia. (Como se eu não estivesse fazendo a mesma coisa)
Mas, para minha total surpresa, o que vejo acontecer é uma conversa que além de me surpreender, me envoergonha pelos meus pensamentos.
Talvez eu não devesse ser tão cruel comigo, afinal, a minha outra experiência tinha sido caótica, e eu, fruto do meio, estava apenas exteriorizando minha vivência, mesmo que através dos meus pensamentos.
Mas voltando ao diálogo entre os dois - que nesse ponto já se adiantara devido às minhvs elocubrações-, tentei retomar o fio da meada e acompanhar o assunto.
Temos então uma pessoa com um livro na mão e que visivelmente é alguem que teve a possibilidade de estudar e como interlocutor um trabalhador, que não dá pra saber qual a sua instrução, mas que dá um banho de cultura verdadeira e consegue estabelecer em meio ao seu momento de trabalho, uma converas com uma pessoa desconhecida, uma troca de conhecimentos que, graças a Deus, pelo fato do ônibus estar vazio, eu posso usufruir.
Aprendi muitas coisas, mas o mais legal foi sobre a origem do blues.
A moça se despede e o rapaz tenta continuar o diálogo, agora com o motorista.
Recita a letra de um blues e o motorista, até então quieto, diz:
- Se você continuar falando assim, eu vou me apaixonar.
Puxo o sinal e desço no meu ponto.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Aconteceu no 107

O susto!

Dia útil, quatro horas da tarde. Sol de rachar, estômago vazio, ônibus cheio.
Na volta pra casa, diante das condições já citadas consigo finalmente um lugar pra sentar. Estamos chegando na Praia de Botafogo e após ter vindo em pé desde a avenida Passos, esse lugar cai do céu.
No ponto da rua da Passagem um adolescente comum como todos, sem camisa, de mochila, branquinho como meu filho, chinelo no pé e aquela cara de quem acabou de atravessar um portal dimensional e surgiu nesse mundo de repente, entra no “busão”.
Sei disso porque apesar do fato de ser ele tão comum, eu o reparei, como reparo em todos que entram e saem do ônibus. - É uma mania que tenho, olhar para as pessoas e pensar porque estão aqui, ou simplesmente imaginá-las sem roupa -. É um truque que tenho para desmistificar o ser humano, desenvolvi essa técnica quando era obrigada a tocar piano na frente das pessoas - coisa que minha mãe sempre fazia quando recebia visitas... Eu odiava aquilo.
Bem, o menino senta na última fileira, no único lugar que ele encontra e o ônibus segue.
Quando descemos o Pasmado e pegamos a General Severiano, o veículo pára no ponto seguinte. Eis que entra um homem alto, muito magro e de olhos esbugalhados, que se dirige ao trocador, no caso, uma trocadora e pergunta:
- Posso pular a roleta?
Devido a forma afoita com entrou e como perguntou, fez isso em tom alto, todos se voltam e esperam meio apavorados a resposta. Como a trocadora não responde – talvez por ter ficado paralisada com uma pochete que ele quase arremessou contra ela-, ele, resolve pular a roleta. Parte, então, como um furacão em direção ao menino que entrara no ponto anterior.
A esta altura, as pessoas já estão rezando, porque quando não se consegue entender o que está acontecendo, deduz-se que há um assalto em andamento e então, só rezando...
Eu cheguei a questionar sobre um possível parentesco entre os dois, sei lá. Talvez fosse uma brincadeira, ou talvez o homem tivesse seguido o menino, mas nada era lógico, afinal a confusão estava armada e não dava tempo pra pensar. O fato é que adolescente estava sendo sacudido literalmente pelo tal homem que proferia palavras initeligíveis.
De repente, solta-o e volta-se na direção do motorista e grita que quer descer, só que o motorista não percebe e arranca com o carro. Nesse momento, todos se apavoram mesmo. Gritam:
- O moço quer descer! O moço quer descer!
O ônibus pára e quando a porta de saída se abre, ele desce correndo.
O trajeto é retomado, a sensação em todos é de alívio e de repente alguém grita novamente:
- Cuidado!
Todos se abaixam. E a pedra arremessada, pelo homem que descera, não atinge ninguém, felizmente.
Outro susto e nova tentativa de voltar à calma.
Um senhor que estava estranhamente calmo sentado do lado de uma das janelas fala:
- Aquele moço veio correndo lá de dentro do Pinel, pulou o portão e entrou no ônibus...
Ta explicado.